O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou a Israel na manhã desta sexta-feira (dia 22) para tentar garantir um acordo de trégua na Faixa de Gaza, onde os confrontos continuam. O Exército israelense alega ter matado mais de 140 combatentes do Hamas e ter prendido cerca de 350 pessoas dentro e ao redor do hospital Al-Chifa, o maior do território palestino.
Antony Blinken deve insistir na urgência de aumentar a ajuda humanitária a Gaza. Depois de cinco meses e meio de guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, o enclave palestino está à beira da fome. Washington tenta convencer o seu aliado a evitar uma ofensiva terrestre na superpovoada cidade de Rafah, na fronteira com o Egito.
Sobre as conversas em andamento, com ajuda de mediadores como o Catar, Blinken diz que "a lacuna está diminuindo" nas negociações para uma trégua associada à libertação de reféns, "e que se é difícil chegar" a um acordo, "isso ainda é possivel".
Após uma reunião em Adelaide, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa do Reino Unido e da Austrália divulgaram um comunicado conjunto nesta sexta-feira pedindo o “fim imediato dos combates” na Faixa de Gaza. Na declaração, os Londres e Canberra também sublinharam “a necessidade de permitir a entrega de ajuda humanitária e a libertação dos reféns”.
O Reino Unido é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, que deverá votar hoje uma resolução dos Estados Unidos pedindo um “cessar-fogo imediato”. Aliados de Israel, os americanos já vetaram resoluções anteriores do Conselho de Segurança que apelavam a um cessar-fogo, acreditando que isso beneficiaria o Hamas. Porém, confrontado com o elevado número de vítimas humanas e a ameaça de fome, Washington agora aumenta os esforços por uma trégua para proteger os civis, segundo o texto que deve ser analisado em Nova York.