O técnico Daniel Paulista alcançou um patamar alto nessa sua segunda passagem pelo CRB. Há quase um ano no comando da equipe, ele foi campeão alagoano em abril e neste domingo conquistou um resultado de impacto, eliminando o Bahia com uma vitória nos pênaltis por 8 a 7, em Salvador.
Na coletiva, tranquilo, no seu estilo, Daniel falou sobre a classificação para a decisão da Copa do Nordeste contra o Fortaleza.
- O momento que eu vivo profissionalmente é muito bom. O trabalho é mostrado dentro de campo com rendimento e resultados. Mas assim, meu trabalho é beneficiado pela compreensão dos atletas. Nenhum trabalho pode render sem que os atletas entendam a filosofia de jogo, a metodologia... Alcançar a segunda decisão em tão curto espaço de tempo, quatro meses, é fantástico. O Daniel é importante, como todos os atletas são.
O técnico do Galo destacou a frieza de seus atletas para converter todas as cobranças de pênalti num estádio lotado. Antes, o time soube fechar os espaços do Bahia e segurou o empate por 0 a 0.
- Hoje, tivemos uma decisão por pênaltis numa Fonte Nova cheia, e os atletas tiveram 100% de aproveitamento, com frieza, batendo como treinaram, sem receio, cofiando que o Bahia iria perder uima penalidade. O mercado valoriza esses resultados, a chegada em competições de peso, como é a Copa do Nordeste, onde nós já tínhamos deixado pra trás equipes de Série A. Tiramos ainda o Ceará da Copa do Brasil e, hoje, enfrentamos uma equipe que talvez seja a de melhor futebol do país. E o CRB fez um jogo justo, competitivo, empatou e foi mais competente nas penalidades.
Daniel analisou o jogo de seu time e lembrou que o Bahia não se atirou ao ataque por receio de sofrer um gol de contragolpe.
- Estratégia de jogo foi muito bem montada. Falamos aos atletas que precisávamos de uma aplicação defensiva altíssima para bloquear esse time do Bahia. Acho que conseguimos isso muito bem até 25, 30 primeiros minutos. E tivemos duas boas conclusões, com Léo Pereira e Hereda. Depois o Bahia cresceu, pela qualidade de seus jogadores, pelo seu volume de jogo, teve uma bola na trave.. - avaliou o técnico, e prosseguiu:
- Mas o CRB não sofreu tanto assim com o Bahia. O CRB, lógico, ficou postado defensivamente e sempre se mostrou perigoso, deixando o adversário com receio de se expor. E isso ficou provado nos minutos finais. O CRB subiu suas linhas de marcação, tentou uma pressão e conseguiu duas, três possibilidades, com uma boa cabeçada no fim. Foi um jogo com alternativas, mas contra um grande adversário.
Gegê em ação em Bahia x CRB — Foto: Letícia Martins/EC Bahia
