O tema foi levado ao plenário pelo vereador Siderlane Mendonça, que citou a invasão de casas e amedrontamento de moradores por um grupo de encapuzados, e o registro de dois homicídios de grande repercussão somente esta semana, um deles de um líder comunitário.

Siderlane sugeriu ao Estado, responsável pela segurança pública, uma espécie de ocupação policial no Benedito Bentes, pelo período de 30 dias, para identificar e prender os responsáveis pelos crimes. “Venho aqui clamar que algo seja feito. O governo do Estado está inerte. Ninguém consegue sair de casa. Façam alguma coisa, o morador do Benedito Bentes já não aguenta mais”, cobrou.

Os vereadores Leonardo Dias e Kelmann Vieira, além do presidente Chico Filho, reforçaram a necessidade de medidas para reduzir a sensação de insegurança em bairros da parte alta. Chico chamou atenção para as disputas entre facções, que também afetam os bairros Ouro Preto e Canaã, e reforçou a necessidade de focar a ação policial no combate a esses grupos.

Presidente da Comissão de Políticas Públicas de Prevenção de Violência Contra Jovens, o vereador Thiago Prado informou que pretende se reunir com o secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, para discutir saídas para o problema.

“As polícias Militar e Civil vêm dando seu máximo, mas de fato precisamos restabelecer a segurança do cidadão do Benedito Bentes. O fato é que esses criminosos agem com a certeza da impunidade, muitos são reincidentes, mas estão em liberdade”, apontou.

Moção de apoio

A sessão também foi marcada por intenso debate sobre uma moção de apoio apresentada pelo vereador Leonardo Dias. Por meio de requerimento, ele solicitava o registro nos órgãos de comunicação da Câmara de Maceió uma moção de apoio ao projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e que concede anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

O presidente Chico Filho retirou o pedido da pauta de votação, em conformidade com os artigos 217 e 218 do regimento da Casa, após as discussões sobre o texto da legislação iniciadas pelo vereador Allan Pierre e acompanhadas por outros parlamentares, entre eles a vereadora Silvania Barbosa e o vereador Samyr Malta.

“No caso específico, entendo, como a maioria, que o vereador Leonardo pretendeu ter o apoio de toda a Casa ao pedir que a manifestação fosse colocada nos nossos meios de comunicação. Porém, as moções que queiram ter o apoio de toda a Casa têm a necessidade de ter um terço da assinatura dos vereadores e a aprovação por maioria absoluta, que hoje é de 14 vereadores”, explicou.