Diego de Lima Gualda, o representante e administrador da plataforma social “X” no território brasileiro, formalizou sua renúncia ao cargo, conforme registro da Junta Comercial de São Paulo. A renúncia foi oficializada em 8 de abril, dois dias após Elon Musk, proprietário da rede, ter criticado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com os registros empresariais, Gualda assumiu a posição de representante da “X” no Brasil em agosto de 2023, sendo designado como procurador e gestor da rede social no país. Anteriormente, Gualda, advogado de profissão, ocupou o cargo de diretor jurídico do antigo Twitter no Brasil, além de ter experiência em outras empresas, incluindo o Yahoo.
A decisão ocorreu antes do Governo Federal determinar a suspensão dos gastos com publicidade na plataforma.
Elon Musk tem atacado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Reprodução
Musk x Moraes
Em 6 de abril, Elon Musk utilizou a própria plataforma social para acusar Alexandre de Moraes de práticas de censura e de ameaçar prender funcionários da rede no Brasil. Ele também afirmou que poderia reativar contas bloqueadas por ordens judiciais.
No dia seguinte, Moraes ordenou uma investigação sobre o comportamento de Elon Musk e determinou que a plataforma social “X” respeitasse as decisões judiciais, sob pena de multa de R$ 100 mil por cada conta reativada. Na decisão, o ministro destacou indícios de obstrução da justiça e incitação ao crime nas ações de Musk, além de ter utilizado a rede social para disseminar desinformação e desestabilizar as instituições democráticas.
Em um trecho da decisão, Moraes enfatizou que “AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI! AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA DE NINGUÉM!”
Após a decisão do ministro, Elon Musk continuou com seus ataques, descrevendo Moraes como um “ditador brutal” e sugerindo que o ex-presidente Lula estaria sob controle do ministro.
A Polícia Federal tem planos de ouvir representantes da plataforma “X” no Brasil nos próximos dias.