Durante décadas os showmícios marcaram a política brasileira. Grandes eventos artísticos, pagos com dinheiro dos candidatos ou de seus amigos, eram realizados nas campanhas eleitorais, mas foram proibidos no Brasil em função do “desequilíbrio” que provocavam.
Como alternativa, vários políticos passaram a promover festas e apresentações fora do período eleitoral. Em alguns casos – ou não maioria deles – tudo pago com dinheiro público.
O deputado federal Rafael Brito (MDB-AL) denunciou nas redes sociais essa prática, considerada ilegal, em Maceió. “Vocês sabem como se chama quando o dinheiro do fundo cultural de uma cidade é usado para promover o seu prefeito? Showmício!”, afirmou
“Foi isso o que a gente viu aqui em Maceió durante o Massayó Verão que acabou agora. Inclusive um artista de fora fez uma manifestação política durante o show e um vereador da base do prefeito de Maceió defendeu publicamente que esse artista nem o cachê recebesse. Ora, eu achava que os artistas que cantam e fazem o que eles são contratados para fazer, tem que receber o seu cachê”, criticou Rafael Brito.
O deputado denunciou ainda que o prefeito JHC deu calote em artistas da terra. “Inclusive há uma série de artistas de Maceió que desde o ano passado estão cobrando, fazendo vídeos, se manifestando atrás do dinheiro que eles cantaram, tocaram e não receberam da prefeitura”, disse. Para o parlamentar, o comportamento da prefeitura é proposital.
“Não se enganem não, a ideia é essa mesmo, é pagar a quem promove o prefeito nos seus showmícios, e aí a gente vai levando a vida sem saúde, sem educação, com a mobilidade dentro da cidade cada vez pior, mas para pagar beija-flor e pagar artista de fora, para fazer o showmício, para eles dinheiro não falta”, enfatizou
Rafael Brito lembrou que não falta dinheiro para promover a prefeitura. “Dinheiro para investir em showmícios, enquanto a cultura de Maceió é desvalorizada a cada dia. Milhões para escola de samba de outro estado, enquanto faltam investimentos em politicas publicas básicas como saúde, vagas em creches e escolas, soluções de mobilidade urbana. É assim que a prefeitura cuida do orçamento da nossa capital, sempre priorizando quem é de fora e abandonando a população e nossos artistas locais! Chega de enganação!”, apontou.
